TOMANDO AS RÉDEAS
Quando escrevi o artigo “Convivendo com as influências externas”, um comentário me chamou muita atenção, o da Iasmin Marques, pois ela fez um breve resumo de uma situação que ela vivencia: ter que deixar a filha com a avó para trabalhar, e consequentemente ter sua autoridade comprometida, pois avó e bisavó da criança ¨passam a mão na cabeça¨ e não permitem que ela a corrija quando necessário. Chamou-me atenção por ser uma situação que também precisei enfrentar.
Infelizmente nem todas as mães tem o privilégio de poder acompanhar de pertinho os primeiros anos do filhote, pois, como eu e muitas brasileiras, precisam ir à luta para custear alimentação, conforto e necessidade deles, ou mesmo complementar a renda da família e permitir uma melhor qualidade de vida. Pois bem, diante disso está o primeiro desafio: Quem ficará com a criança para essa mãe poder trabalhar? Geralmente é quem está mais perto na família, como avós e bisavós.
Quando Carol nasceu eu tive o privilégio de poder cuidar dela por um ano. Esse tempo de convívio foi crucial para estreitar ainda mais os laços entre nós e me permitiu curti-la bastante. Nesse tempo eu não abria mão de cuidar pessoalmente de tudo. Assumi meu papel de MÃE desde o início. Mas chegou a hora em que tive que voltar a trabalhar. Nós morávamos com a minha mãe, e quem melhor do que ela para cuidar da minha filha? Embora estivesse com o coração na mão por deixá-la, pude voltar a trabalhar absolutamente tranquila, pois contava com o apoio incondicional da minha mãe e Carolzinha estava sendo muito bem cuidada.
O tempo foi passando e o carinho entre elas só aumentava. Eu passava muitas horas longe, e aí veio o segundo desafio: Carol já tinha começado a falar as primeiras palavrinhas, e ensaiou em querer me chamar pelo nome e a chamar a avó de mãe. Minha mãe achava isso o máximo, ela tinha um amor imenso pela neta, alguns achavam engraçado, mas eu não aceitei de forma nenhuma. Eu queria que ela tivesse de mim a verdadeira referência, a de mãe dela e sempre que podia fortalecia isso, ensinando-a a me chamar assim. Não demorou muito até que ela se acostumasse e passasse a me ver realmente como quem eu era e a me chamar de mamãe.
Depois disso veio o terceiro e maior de todos os desafios, afirmar a minha autoridade. Quem mora próximos dos avós da criança sabe o quanto isso é difícil, imagine morando na mesma casa. Não tem jeito, avó quer proteger demais, e com isso acaba por vários momentos passando por cima da autoridade da mãe. Se você consente, é um caminho sem volta.
Aqui em casa consegui vencer esses desafios iniciais, e também tomar as rédeas da educação da Carol desde o início de sua formação. Minha mãe me deu uma ótima educação e sabia que também daria a ela, se preciso, mas eu queria exercer o meu papel, não queria delegar a minha responsabilidade. Não foi fácil, às vezes tinha que brigar com a minha mãe e deixa-la chateada comigo, quando, por exemplo, eu colocava a Carol de castigo e ela queria tirar, mas eu não deixava. Quando ela pedia algo à avó, pra brincar com alguma coisa ou com outra criança, demorou até a minha mãe entender que, se eu estivesse perto, era a mim que ela devia se dirigir. Eu ensinava isso a Carol, que a palavra final seria sempre minha. E se eu não a deixasse fazer algo, ninguém passaria por cima de mim. Mas eu também tentei ter o máximo de paciência, pois ela também só queria o melhor pra minha filha e a amava tanto quanto eu. Se estivéssemos discutindo por isso eu não deixava a Carol ver, e quando ela fazia algo errado e minha mãe a repreendia eu também não me intrometia, afinal, era com ela que minha filha ficava a maior parte do tempo e ela também tinha que nutrir um respeito por ela.
Depois de certo tempo, tudo foi acontecendo de forma muito natural. Minha mãe passou a me respeitar como mãe e autoridade, e a respeitar meu espaço com ela. Carol foi crescendo com isso muito bem definido na cabeça dela. Hoje vejo o quanto foi importante eu ter insistido em tomar as rédeas da educação da minha filha, pois perdemos a minha mãe há dez meses. Agora somos só eu ela. Se não existisse esse respeito, essa referência minha e se ela respeitasse apenas à figura da avó, como estaríamos?
É claro que não há mágica, nem uma obediência cega, que ela às vezes desobedece, faz malcriações, precisa ficar de castigo, como QUALQUER criança. Mas que há um profundo respeito dela à minha figura de mãe, fica evidente no nosso dia-a-dia. E isso foi uma conquista gradativa.
Não delegue as decisões sobre seu filho. Tome as rédeas e seja MÃE. Não se acomode! A responsabilidade é SUA!
Muitos beijos pessoal. Até a próxima!
Priscila Silva
Blog Trocando Ideias
Olá Priscila, que post ótimo, ainda não tinha visto.
Obrigada pela citação do meu exemplo. Graças a Deus, as coisas aqui já estão melhorando, mas realmente com muitas dificuldades.
Um bjo enorme..
http://amaedadrii.blogspot.com.br/
não é fácil ser mãe fico feliz por você ter ficado o primeiro aninho
e ter tido sua mãe ao lado, mesmo com todos os desafios,lembro-me que a minha
também chamou minha mãe de mãe e ela achou o máximo
mais reverti a situação
amei a postagem me vi nela
linda noite
Nanda
beijokas
Sendo a mãe da Isa e da Gabi
Google+Nanda
Realmente nós mães que precisamos trabalhar enfrentamos vários desafios,mais com certeza damos conta de vencer todos!!
Beijos
É verdade, no final nosso instinto de mãe acaba nos fazendo vencer todos os desafios. É só persistir! Bjs.
muito bom o texto, também penso que nós mães e pais somos os responsáveis pelos nossos filhos e temos que tomar as rédeas sim, as decisões em relação a eles tem que ser nossas.
Verdade!! Obrigada pelo carinho Carlah.
Muito bom seu post,adorei….aqui também eu tomei as rédeas e parei de trabalhar para cuidar somente dos meus lindos,acho que a responsabilidade de mostrar o caminho,educar principalmente nos primeiros aninhos de vida é somente minha e de mais ninguém…prefiro passar apertos como estou passando a passar essa fase para alguém cuidar.bjs
Simeia, é uma decisão muito difícil, mas realmente o lado financeiro é o menos importante nessa hora. O que fica mesmo é o amor que plantamos nos nossos filhos. Beijos e obrigada!!
otimo testo, aqui moro perto da sogra minhas filhas preferem ela claro vó sempre passa a mao na cabeça do neto tem hora que fico com raiva e triste, mas é desse jeito mesmo.
bjos
Thayna, não fique com raiva. Mas tente sempre fortalecer seu amor e momentos com elas. E afirmar sua autoridade sempre que possível. Beijos.
AQUI TAMBÉM TENHO QUE PASSAR POR VÁRIOS DESAFIOS POR MORAR PRÓXIMA MINHA MÃE, VÓ DO HEITOR, CLARO QUE ADMIRAMOS O AMOR ENTRE ELES, MAS TAMBÉM CONFESSO QUE AS VEZES É BEM COMPLICADO! Adorei o relato!
Bjos!
Obrigada Tatty, pelo carinho e sucesso pra você!
Beijos.
Já vi tudo que não estou preparada para ser mãe kkk.
Muito bom o post, os filhos tem que saber quem é mãe e quem é a avó.
Beijos!
islary34.blogspot.com
Obrigada Isa. E acredite, nunca estamos preparadas!! Rs. Mas junto com nossos filhos nasce um instinto maternal tão grande que no final dá tudo certo. Mas não é fácil mesmo, são muitos os desafios.
Bjs.
O desafio não é só na maternidade é todos os dias.
Bju
Concordo plenamente com vc querida … mesmo eu precisando as vezes deixar minha filha com os avós etc .. como foi agora que estive internada .. as formas e ordens etc são sempre como eu determino .. não deixo ninguém tomar as rédias …
Beijos querida … Roberta Aquino
http://princesaluma.blogspot.com.br/
É isso aí Roberta, o caminho é esse!!
Bjs.
Ainda não tive coragem de voltar a trabalhar e começo a pensar que serei mãe para sempre e deixarei o lado profissional de lado.
Minha mãe já cuida de dois netos, filhos da minha irmã, não teria coragem de deixar ela com mais um.
beijos
Ser Mãe é abrir mão de tudo por seu filho, adorei seu post
bjs
Estou Crescendo
também acho, você é mãe vc mãe tem que tomar as rédeas da educação, minha mãe ficou com minha filha , mas sempre deixei bem claro qt ao papel e autoridade de mãe até hj meu pai eminha mãe não gostam que brigue com minha filha , mas brigo do mesmo jeito , pois amis vale um não hoje do que consequencias pior amanha
adorei seu relato, gostei mesmo
beijos
Que fase viuh…
Momentos difíceis
Aqui minha filha fica com a avó, mas a autoridade é minha
Bjus
Que post perfeito é esse?! Falou tudo. A responsabilidade é nossa, indepedente se seu filho fica com fulano ou ciclano, a mae é você. Tome as redeas!!!
Sua frase final reflete tudo o quê penso: “Tome as rédeas e seja MÃE. Não se acomode! A responsabilidade é SUA!”. Por isso parei de trabalhar. Abri mão de ter dinheiro….. não tenho nenhum, não compro nada pra mim, não vou ao cabeleireiro, não tenho nem créditos pro celular. Mas assumi a responsabilidade quando tive a Lara: cuidar e estar presente, não permitir deixar ninguém fazer o quê é minha vida. Por outro lado, minha mãe, a avó da Lara, participa como avó: visita, brinca, está presente mas não passa a mão na cabeça da Lara, sabe dizer não quando precisa e eu aprendo muito com ela. Existem situações e pessoas diferentes, cada qual sabe o “seu” certo. O nosso aqui é esse. bjus Coisas da Lara