Minha amiga Cris fez um convite muito especial, para eu escrever como a maternidade mudou a minha vida, ou seja, perspectivas, prioridades, trabalho…
Falar sobre a maternidade é algo que me deixa feliz, porque eu entrei nessa nova etapa da minha vida de “corpo e alma”.
Eu me entreguei completamente, e todo o histórico e lembranças de toda uma vida veio à tona, me ajudar a decifrar o consciente e o inconsciente, para moldar meu novo eu, que já não aceitava padrões afirmados nos dias atuais, como por exemplo, “que toda a mulher para ser feliz e realizada internamente precisava ter sua independência e trabalhar fora”…
A minha felicidade é um conjunto de ações diárias, como ver meu filho crescer bem e com saúde, poder proporcionar atenção ao meu filho, ou seja, brincando com ele, passando uma tarde junta no parque e ao ar livre, levá-lo a escola também é algo que sempre desejei fazer… Cuidar de mim e da família, conforme a necessidade de cada um é algo que completa e complementa a minha felicidade.
E se você me perguntar se não faço nada pessoal que me faça feliz, eu digo que sim, e são várias, mas não dá para relatar tudo (risos)… Quando eu escrevo no blog, quando eu consigo tomar um café da manhã ou da tarde na companhia de um livro, ou de uma amiga no bate-papo no zap (rs), também são coisas que me deixa feliz. Fazer um jantar delicioso e comer na companhia do meu esposo, colocando o papo em dia, sem a correria dos dias, é algo que amo fazer…
Ou seja, a felicidade é todos os dias. Quando faço de tudo um pouco, na calmaria dos dias, sem pressa, sem correria, sem brigas e contendas, sem falar mal ou brigar com os outros e comigo mesma, ou seja, o “conjunto da ópera” pode ser a felicidade de qualquer pessoa, e é a minha…
Precisei rasgar as minhas vestes porque já não cabia mais, porém não no externo, mas sim o interno, no íntimo… Sim, tudo mudou, revolucionou, o coração ficou dilacerado, porque ao mesmo tempo em que damos a luz, recebemos ela de volta, através da vida que colocamos no mundo.
E mais do que dar a luz, hoje eu entendo claramente que eu quero ser a luz na vida do meu filho, da minha família.
Deus já declara em sua palavra que somos a “Luz do mundo e o sal da terra” (Mateus – 5.13), então é o que desejei assumir em minha vida, ou seja, cuidar, amar, guiar, minha família, que é meu bem maior.
A responsabilidade de mãe vai além de trazer uma vida ao mundo, é estar disponível para retroceder na caminhada, ou seja, dar passos mais lentos a fim de conhecer sobre o amor mais sublime, porém avançar no conhecimento interno, desvendar mistérios e incertezas antes existentes… É um verdadeiro mistério, que vamos desvendando a cada dia, e tudo isso conseguimos através da força divina, Deus…
O que sempre desejei, é o que escolhi como roteiro da minha vida e da minha família, que é cuidar de pertinho das pessoas que amo, sem correria e tropeços dos dias…
Escolhi viver e proporcionar a calmaria dos dias ao me filho… Observar e ouvir a natureza, o canto dos pássaros, brincar junto, ouvir e estar disponível para responder as angustias, alegrias, tristezas, entre outras coisas, dúvidas e sentimentos da vida…
Decidi proporcionar essa “paz interna” na minha vida e da família, observando as necessidades e vontades de cada um, aprendendo a ouvir meus instintos, aproveitando os dias e aprendendo sempre algo novo a cada dia, com cada descoberta e desafios da maternidade…
Por isso a maternidade é uma poesia, que me inspira a cada dia.
É assim que a maternidade transformou a minha vida, as prioridades, a rotina, as escolhas…
Tudo mudou, porque aprendi a administrar a paciência dentro de mim, a ficar menos ansiosa pelo futuro e meus desejos pessoais, menos controladora e mais flexível com o desenrolar dos dias, aprendi a conversar e confiar em Deus e no seus caminhos, porque a final de contas, a gente não controla nada… Sim, nós plantamos e colhemos, planejamos, mas nem sempre a vida acontece do jeito que desejamos ou planejamos. Existem os imprevistos no meio do caminho, e quando a gente leva a vida mais tranqüila, administrar os imprevistos é algo bem mais fácil…
Hoje trabalho em casa e administro o meu blog (www.maesemfronteiras.com.br). O blog nasceu porque amo escrever, para compartilhar minhas experiências como mãe e dona de casa em pleno século XXI, e principalmente para apoiar as mães que gostariam de seguir essa jornada, e mostrar que não estão sozinhas no mundo… Para falar também sobre outros assuntos que envolvem a maternidade, como educação, comportamento, brincadeiras, passeios, leituras, etc. Vai lá conferir a página!
Minha prioridade e perspectiva de vida estão ligadas ao bem-estar comum de todos nós (família), seja na saúde, na educação e respeito ao próximo… Acima de tudo quero (eu e meu esposo) ajudar a nosso filho a ser uma pessoa do bem, a construir uma pessoa de caráter, ajudar na caminhada e nos estudos…
Tudo mudou e não tinha como ser diferente… Toda a minha visão e trabalho para o futuro, hoje está ligada a vida coletiva e em família, seja nos passeios e viagens, nos gastos ou quando economizamos, enfim, planejamos e vivemos sempre pensando uns nos outros, nas necessidades coletivas e individuais, e não somente no bem-estar de cada um…
No final do texto eu falei no plural, porque eu e meu esposo pensamos e agimos sempre no coletivo, porque isso é o que nos motiva e dá satisfação, mas também temos nossos momentos individuais, que respeitamos… O segredo é o cuidado e tempo dedicados uns aos outros. Isso faz toda a diferença na caminhada e na conquista da felicidade diária…
Obrigada Cris, pelo convite mais que especial.
Beijos, e feliz dia das Mães para você, e para todas as mamães queridas e amadas desse mundo. Com carinho, Ju.
Juliana Pelizzari
Autora do Blog Mãe sem Fronteiras
Oi Meninas blogueiras, sobretudo, mamães!
Ju,
Me identifiquei inteiramente com o seu texto. Me sinto transformada também pela maternidade. Foi uma revolução na minha vida. Me libertou de tudo quanto é supérfluo. E me aproximou do simples, do suficiente, do básico (base), me abriu o olhar para cortar todos os excessos da vaidade. E aprender, cada dia mais, a amar e ser amada.
Amei a sua participação!
Beijos carinhosos,
meu e de Laura!!
Ju querida… sempre conversamos não é mesmo… e sabemos bem das necessidades de cada uma… bem como de nossas amigas que tem uma rotina diferente da gente…
Como disse você, cada um com suas necessidades, prioridades e o importante é respeitar tudo isso… Nem sempre o que é bom pra gente é bom pra outra mãe e vice-versa… É preciso também nós mesmos, respeitarmos nossas escolhas que são preciosas demais… e preciosos são mesmo nossos filhos e cônjuge que merecem toda nossa atenção e amor…
Cada um é feliz à sua maneira… e assim levamos nossa maternidade com muito amor..
Parabéns pelo texto.. também amei estar aqui!
Beijos doces no coração
Tê e Maria ♥
Cris, minha linda querida e amada amiga, obrigada pelo convite.
Fiz um texto exclusivo para você, para suas leitoras e seguidoras, e posteriormente vou levar um pedaço lá para o blog, e pedir para virem visitar em cantinho mais que especial…
Bom, como escrevi no texto, tudo muda e não tem como ser diferente… Uma mudança interna, uma mudança externa (no corpo), mudanças na casa, na rotina, no coração… Um recomeço, de uma vida vivida, mas nunca visto nada igual, como o amor de pais (pai e mãe) para filhos… Amor incondicional…
Obrigada por sua amizade, carinho e por esse convite lindo….
Bjs
Ju