Mais um dia de postagem da nossa parceria com a mamãe e amiga Dayane @maesemfiltrorj com a nossa querida mamãe e nutricionista PhD Vivian @vivianutri Tem E-book para downloads no fim do post.
O tema de hoje:
Alimentação Complementar – Uma nova fase começa
Olá mamães, na última postagem sobre alimentação infantil falamos sobre o aleitamento materno exclusivo. Tiramos várias dúvidas relatando alguns mitos e verdades sobre o aleitamento materno. No artigo de hoje vamos falar sobre um tema muito importante, o início da alimentação complementar.
A introdução de alimentos na dieta da criança após os seis meses de idade deve complementar o aleitamento materno, o qual deve ser mantido preferencialmente até os dois anos de vida ou mais. A alimentação complementar é a alimentação fornecida no período em que outros alimentos ou líquidos são oferecidos em adição ao leite materno. Além de suprir as necessidades nutricionais, a partir dos seis meses a introdução da alimentação complementar aproxima progressivamente a criança aos hábitos alimentares da família e exige todo um esforço adaptativo a uma nova fase do ciclo de vida.
No início é muito comum os bebês recusarem as primeiras ofertas do alimento, mas fique calma mamãe, pois tudo é novo para o seu pequeno, como a colher, a consistência e o sabor. Seu filho está aprendendo a testar novos sabores e texturas de alimentos. Algumas crianças empurram a comida para fora com a língua, o que é normal, pois ainda imitam o movimento de sucção do leite, então é necessário persistência, pois a criança vai aprender a comer. Há crianças que se adaptam facilmente e aceitam muito bem os novos alimentos, outras precisam de mais tempo, não devendo esse fato ser motivo de ansiedade e angústia. Então mamães, fiquem tranquilas, como falei a recusa inicial ao alimento é normal e seu pequeno pode comer pouco, pois tem a capacidade gástrica (estômago) pequena.
Hoje vamos abordar 11 passos importantes da alimentação complementar para as crianças entre 6 e 7 meses:
Passo 1. A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo-se o leite materno até os 2 anos de idade ou mais.
Passo 2. No inicio da alimentação complementar recomenda-se que os alimentos sejam preparados especialmente para a criança, com pouco ou nenhuma adição de sal
Passo 3. A partir da introdução dos alimentos complementares é importante oferecer água à criança, a mais limpa possível (tratada, filtrada e fervida).
Passo 4. A alimentação oferecida à criança deve ser desde o início, espessa sob a forma de papas e purês, porque garante a quantidade de energia que ela precisa para ganhar peso e ter saúde. Além disso, papas com consistência espessa ajudam a desenvolver melhor a musculatura facial e a capacidade de mastigação.
Passo 5. Ao completar 6 meses de idade os alimentos complementares devem ser oferecidos três vezes ao dia : papa de fruta (lanche da manhã), papa principal (no almoço) e papa de fruta (lanche da tarde).
Passo 6. Oferecer duas frutas diferentes por dia, selecionando as frutas da estação.
Passo 7. Ao completar 7 meses deve ser acrescentado ao esquema alimentar a segunda papa principal (no jantar).
Passo 8. A papa principal deve conter um alimento do grupo dos cereais ou tubérculos (arroz, aipim, inhame, batatas…) um dos legumes e verduras, um do grupo dos alimentos de origem animal (frango, boi, peixe, miúdos, ovo) e um das leguminosas (feijão, soja, lentilha, grão de bico).
Passo 9. A alimentação oferecida à criança deve ser desde o início, espessa sob a forma de papas e purês, porque garante a quantidade de energia que ela precisa para ganhar peso e ter saúde.
Passo 10. Tente oferecer os alimentos da papa principal em porções separadas no prato, porque a criança está aprendendo a conhecer novos sabores e texturas dos alimentos.
Passo 11. A partir da introdução da alimentação complementar, há aumento no risco de morbimortalidade, tendo em vista a contaminação de utensílios, água e alimentos, levando à infecções intestinais, que pode cursar com má absorção dos nutrientes. Os utensílios da criança, frutas e verduras, devem ser lavadas em água corrente, e colocados em imersão em água com hipoclorito de sódio a 2,5% por 15 minutos (20 gotas de hipoclorito para um litro de água). Os alimentos devem ser preparados em local limpo, em pequena quantidade, de preferência para uma refeição, e oferecidos à criança logo após o preparo. Os restos não devem ser novamente oferecidos na refeição seguinte. Os alimentos precisam ser mantidos cobertos e na geladeira quando necessitarem de refrigeração. A água para beber deve ser filtrada e fervida ou clorada (2 gotas de hipoclorito de sódio a 2,5% por litro de água, aguardando-se por 15 minutos para ser oferecida).
- No próximo artigo falaremos sobre a alimentação complementar dos 8 as 12 meses de idade.
Deixe suas dúvidas nos comentários. Estamos aqui para ajudar, pois tenho certeza que juntas venceremos todos os desafios desse mundo fantástico da maternidade.
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Vivian Soares, Nutricionista PhD.
Instagram: @vivianutri
Referências:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Política de Saúde. Organização Pan Americana da Saúde. Guia alimentar para crianças menores de dois anos / Secretaria de Políticas de Saúde. Organização Pan Americana da Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para crianças menores de dois anos: um guia para o profissional da saúde na atenção básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2 ed. – 2 reimpr. –Brasília : Ministério da Saúde, 2013.
Manual de orientação para a alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na escola/Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia, 3ª. ed. Rio de Janeiro, RJ: SBP, 2012.
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